Relatório das leituras do aporte teórico solicitado.
1)Definição dos conceitos de cultura e de educação, presentes em "Educação com prática da liberdade, (FREIRE, 1999)
2) Definição, por meio de citações e comentários, dos conceitos fundamentais da organização educacional e da investigação da cultura dos(as) educandos(s) via temas geradores, na "Pedagogia do oprimido (FREIRE, 1987).
O presente trabalho visa perscrutar a proposta pedagógica deste ícone do ensino que se popularizou permeando e em favor das massas divulgando uma pedagogia de ensino com base na liberdade e na acessibilidade aos menos favorecidos, tanto em condições sociais quanto cultural: Paulo Freire.
O aprendizado nos estudos de Paulo Freire fundamenta-se numa confabulação incessante do individuo com o seu entorno e de sua incessante busca pela liberdade. O aprendizado se torna fruto dessa procura.
A liberdade, a crítica e a importância do feedback resulta além do aprendizado e numa tomada de consciência de sua própria realidade.
O fundamento da pedagogia de Paulo Freire é direcionado para a educação de responsabilidade social, política e da democracia. É imperioso o combate à ignorância e ao analfabetismo. Visto que tais condições inibem a ocupação a cargos públicos e até mesmo de o individuo votar. O que ocorria em época de oligarquia. O analfabetismo repartia o eleitorado afastando o individuo da cidadania social.
O chamamento à defesa dos interesses, a inclusão dos analfabetos e a participação destes no cenário político significou o começo da democracia e o final do controle oligárquico.
A pedagogia de Paulo Freire era justamente fazer sair do posicionamento de mera idealização de liberdade social para a realização concreta deste ideal cultural, politico e educacional.
O trabalho deste educador mobilizou essa tão almejada libertação das classes populares, dirigiu seu trabalho ás classes mais oprimidas, minimizando o poder de uma politica autoritária de manipulação surgindo aí uma nova forma de fazer politica.
Essa perspectiva de educação popular que se inscreve a formação Freireana, propõe o dialogo entre os saberes onde o conhecimento é construído coletivamente, rompendo com as tradições autoritárias onde a comunidade é a real construtora de conhecimentos onde participa ativamente.
Como tema gerador a pedagogia Freireana assume uma concepção educacional libertadora apoiando-se na dialogicidade.
Paulo Freire compreendia a importância da relação entre a palavra e a imagem, pois pensava a arte e a estética como importantes para o processo de alfabetização. Antes de apresentar o processo alfabetizador apresentam-se as imagens. Em segundo apresentam-se as imagens e algumas palavras. Esse passo inicial propicia ao educando esta tomada de consciência de sua situação real, pois essas imagens espelham sua realidade.
A arte/educação aprendeu de Paulo Freire que tanto as palavras quanto às imagens são permeadas de ideologias. Cada pessoa é fonte original do saber, que possui valor em si e tudo é expressão objetiva do seu espirito e de sua vivência.
Nessa pedagogia a educação autêntica não se faz de A para B ou de A sobre B, mas sim de A com B. Cujo objetivo fundamental é o de lutar com o povo pela recuperação de sua humanidade roubada.
O importante nessa visão libertadora de Paulo Freire é que os homens se sintam habilitados a discutir com igualdade sua própria visão de mundo, o seu pensar, manifestando explicita e implicitamente suas sugestões e suas opiniões.
A verdadeira revolução social se dá no diálogo corajoso com as massas. Uma nação livre somente é na medida em que o homem transforma seu mundo e a si mesmo. Somente na medida em que os homens criam o seu mundo e o criam com seu trabalho transformador, eles se realizam.
Um importante mediador entre o movimento das massas e a oligarquia é o populismo. O populismo se constitui quando se instala o processo de emersão das massas em que as mesmas passaram a reivindicar sua participação social. Torna-se primordial para que o populista perca seu caráter de ambiguação, pois o populista se instala entre as massas e entre as oligarquias.
Somente assim se cria a práxis da sociedade nova: quando se dá a conscientização de na e pela revolução cultural e social, fundamentada nos pilares: colaboração, união e libertação.
Por Adelita Mesquita
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 23 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.
______. Pedagogia do oprimido. 17 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1987.
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