Texto argumentativo: reflexão sobre a contribuição da investigação ação educacional

Professor Formador: Márcio Penna Corte Real
Professor Formador: Rosane Christina de Oliveira
Professor Formador: Laricy Machado Venditti de Matos
Tutor: Henrique Araújo
Pretende - se demonstrar no presente artigo uma breve reflexão sobre a contribuição da investigação ação educacional, como concepção de investigação ativa, e suas contribuições para organização das práticas educativas, como programa de pesquisa e produção de conhecimento no âmbito do ensino das artes. Objetiva - se apresentar o quão um universo temático diversificado vem contribuir para o desenvolvimento educacional e cultural de uma comunidade envolvendo diversos agentes neste contexto: educadores, educandos, família, comunidade e órgãos governamentais nas suas diversas esferas.
Por investigação - ação - educacional entendem-se sujeitos educativos individuais ou grupos que investigam os contextos escolares que se inserirem, para fins de atuar na resolução de problemas e na correção das falhas apuradas nesses ambientes investigados de modo que possam trazer soluções e mudanças nesses projetos educacionais pedagógicos falhos. A meta desses sujeitos é mudar positivamente a realidade escolar vivida e potencializar o resultado dessas mudanças.
É sabido que os Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) das instituições escolares se constituem meros escopos por mais elaborados que sejam e que existem infinitas possibilidades de aprimorá-lo.
Para tal é necessário que estejam abertos à inserção de novas propostas no trato dessas questões problematizadoras. Na visão dos pesquisadores CÔRTE REAL; PEREIRA; LEITE (2015) ao tratarem de uma ação-investigação com as musicalidades das rodas de capoeira; das místicas do MST às narrativas sobre o massacre do Eldorado dos Carajás; dos círculos de cultura de contação de histórias: possiblidade de ressignificação da leitura de mundo de um grupo de idosos e na formação de educadores como investigadores ativos no contexto.
“Esses percursos investigativos desafiam a um pensamento e a uma opção político-pedagógica de concepção de formação de educadores. O que significa dizer que nem sempre é fácil vivermos o princípio formativo da relação educador- educando e educando-educador.”
Quaisquer práticas de investigação-ação para mudanças reais pressupõe um agir colaborativo. É mister que participe os agentes que estão vivendo na prática um determinado problema. E toda investigação exige um balizamento. Essa sinalização inspirada na obra do importante educador brasileiro FREIRE (1983) foi explicitada pelos pesquisadores GRABAUSKA; BASTOS (2001).
“A necessidade de que o” educador-educando se coloque como um investidor também é um aspecto que reforça uma mudança na própria epistemologia do conhecimento pedagógico, descentrando o ato educativo, ou, mais do que isto, procurando torna-lo um ato de comunicação em comunhão, onde os homens, em conjunto, constroem seu conhecimento e, por sua práxis, podem lutar para “Ser Mais”.
Portanto, vale o raciocínio de que uma ação-investigação é um potencial transformador e com seu caráter emancipatório que toda ação-investigação deve incorporar reforça o pensamento de: cidadania compartilhada e harmonia das participações das diversas instâncias sociais. Aliando esse conglomerado de agentes e sujeitos de mudanças ao campo multidisciplinar das artes, o ensino desta disciplina certamente alcançará seu verdadeiro valor: o de verdadeiramente educar.
Adelita Mesquita
BIBLIOGRAFIA
CORTE REAL, M.P; LEITE, J.; PEREIRA, A. de. Investigação-ação das performancesculturais: o método expositivo como problematização da formação de educadores(?). In.Anais do VI Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino impactos de organismosinternacionais na escola e no trabalho docente. Goiânia: CEPED, PUC, UFG, UEG, IFGoiás,IFGoiano, 2015.
GRABAUSKA, C. J. Investigação-ação educacional: possibilidades críticas e emancipatória na prática educativa. In: Revista eletrónica HEURESIS Investigación Curricular e Educativa. Cadiz: v.1, n.2, 1998. Disponível em http://www2.uca.es/HEURESIS/acuerdo. Retirado da rede em: 2000.